sexta-feira, 29 de janeiro de 2016



SILENCIAR


É na leveza das calmas manhãs
É no desabrochar da mais bela das rosas
É no pousar de uma borboleta
É no teu olhar parado
É no passado
Que fico silenciosamente viajando



 sonia delsin


AVESSO

Não o reconheço no homem de agora
Sempre me pergunto
Onde está o homem de outrora?



sonia delsin 


ROSA AMARELA, SAUDADES...

Sinto saudades
Saudades da rosa amarela
Da praça
Da graça
Da graça com que me entregavas a rosa
Da graça com que me beijavas levemente os lábios

Sinto saudades de um tempo morto que ressurge quando acaricio as pétalas de uma rosa amarela

sonia delsin 


BUSCA

sigo
como quem pisa nuvens
choro
rio
e rezo
sigo

ainda persigo o sonho antigo

sonia delsin 



Há um mar
Vivo
Vivo!
Ele vive em mim
A chama em meu peito ardendo
Há um mar
Imenso
E os passos na areia ainda ouço
Rolo em mim mesma
Peço paciência
E sigo com este mar sem fim

Em mim

sonia delsin  


ENTREGUE ÀS ONDAS

ah! estou assim
entregue às ondas
meus cabelos se arrastando
minhas pernas soltas, bambas
minha cabeça balançando
os braços vazios
estou entregue às ondas
sem lembranças
sem dores

entregue

sonia delsin  


NO CAMINHO DA EVOLUÇÃO

Somos valentes
Somos
Somos cavaleiros a cavalgar pelas planícies
Somos livres
Libertos de nós mesmos
Somos corajosos
Esperançosos
Somos a luz que se infiltra num mundo de espectros
E cadê nós?
Já não estamos mais aqui
E voltamos
E nos reencontramos
E falamos
E pensamos
E desatamos nós não permitidos
E somos absolvidos
Voltamos mais resolvidos
Resolvidos a evoluir
Vemos nosso mundo ruir
E recomeçamos
Importante quando amamos


sonia delsin